Pesquisadores trabalham em um aplicativo que poderia evitar que pessoas morram ao tirar selfies perigosas. A Universidade de Carnegie Mellon anunciou que seus pesquisadores trabalham em conjunto com o Indraprastha Institute of Information Technology, na Índia, em uma solução para as mortes por selfies.
Pessoas pelo mundo todo já se colocaram em situações extremamente perigosas - como trilhos de ferrovias, em penhascos - para conseguir uma selfie memorável.
Os pesquisadores descobriram que as mortes individuais aconteceram principalmente com as pessoas caindo de lugares altos, enquanto que as mortes em grupo ocorreram perto de locais com água, com alguns morrendo em botes que viraram de cabeça para baixo.
“Na Índia, um grande número de mortes aconteceu quando namorados ou amigos posaram em ferrovias, que é um local amplamente visto como um símbolo de um compromisso de longo prazo naquela cultura”, aponta o relatório da Universidade de Carnegie Mellon.
“As mortes relacionadas a armas em selfies aconteceram apenas nos EUA e na Rússia. Selfies relacionadas a rodovias e veículos e a animais também foram associadas com mortes.”
O levantamento ainda aponta que os homens respondem por três de cada quatro mortes por selfies.
Também há uma preocupação de que o número de mortes por selfies continuará crescendo uma vez que a prática vem ganhando popularidade, com as pessoas usando hashtags como #dangerousselfie e #extremeselfie.
Os pesquisadores selecionaram arquivos públicos para compilar uma lista de 127 mortes associadas tirando selfies ao redor do mundo entre março de 2014 e setembro de 2016. Com essas informações, juntamente com notícias sobre mortes relacionadas a selfies, eles conseguiram desenvolver um sistema que usa localização, imagem e texto para classificar se uma selfie foi feita durante uma situação perigosa.
Com aprendizado de máquina, os pesquisadores então ensinarem um computador a buscar por selfies perigosas em sites de redes sociais. O computador, usando reconhecimento de imagem, buscou por locais perigosos, como alturas extremas, lugares perto da água ou próximos de ferrovias e estradas cheias. A análise da imagem em si, assim como de qualquer texto contido nela, ajudou a treinar o computador para classificar uma selfie como perigosa ou não.
De acordo com a Carnegie Mellon, o sistema conseguiu dizer a diferença entre uma selfie perigosa e uma que não é arriscada em 73% do tempo. Essa tecnologia será essencial para desenvolver um aplicativo que poderia ser usado para diminuir o número de mortes por selfies.
Um aplicativo, ainda não desenvolvido, que poderia alertar um usuário ou mesmo desabilitar o smartphone caso a selfie vá ser tirada em um local perigoso.
O problema, no entanto, é que algumas pessoas podem usar o aviso para se gabarem de que são corajosas o bastante para se colocarem em uma situação perigosa. “Não há como criar nenhum aplicativo para a estupidez”, afirmou o estudante de doutorado da Universidade de Carnegie Mellon.
Esse aplicativo também poderia ser usado para apontar áreas em que as pessoas costumam tirar selfies perigosas para que esses locais sejam marcados como zonas “sem selfies”.
A Universidade de Carnegie Mellon também destaca que o aplicativo também poderia ser usado para para evitar que os usuários se arrisquem enquanto jogam games de realidade aumentada, como Pokémon Go.
Fonte: http://idgnow.com.br/ Foto: Reprodução.
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